Usabilidade e Ergonomia

Interface é a porção do sistema composta por componentes visuais que o usuário tem contato. Interação já é a ação do usuário no sistema, navegação, fluxo e etapas do processo para iniciar uma tarefa e finalizá-la. Interações têm restrições, como por exemplo, restrições de tempo e performance.

Ergonomia

Ergonomia tem como princípios a produtividade e o conforto. A ergonomia influencia a usabilidade ao trazer o foco em uma interface que proporcione uma interação produtiva e confortável. Sendo assim, os designer tendem a criar modelos como mental e cognitivo nos fazem avaliar o usuário que temos e tentar adaptar a interface ao que ele é.

Usabilidade

Donald Norman inicia todo o estudo de usabilidade à partir de sua preocupação com o fato de ficarmos irritados com os produtos. Norman diz que há princípios que devem ser seguidos para se projetar um produto e todos os princípios partem da ideia de que o sistema tem que ser fácil.

Segundo Jeffrey Rubin em Handbook of Usability Testing expande a ideia de Donald Norman dizendo que há um conjunto de quatro fatores reunidos em um dispositivo:

  • Capacidade de ser usado com sucesso.
  • Facilidade de ser usado.
  • Capacidade de o usuário aprender a usar o dispositivo de forma simples e rápida.
  • Provocar satisfação visual ao usuário.

Brian Shackel expande um pouco mais a usabilidade adicionando a performance como fator. Além disso, ele trabalha a performance relacionada com fatores humanos, como fatores sensoriais.

Customer Center Design trata o usuário como cliente, porém, nem sempre usuário é cliente e o cliente é usuário. Nem sempre quem compra o sistema o usa e nem sempre que o usa é quem comprou. Às vezes não há compra, não há quem possua o produto, apenas quem o consuma como no caso de sites e blogs. Sendo assim, é possível pensar no Designer para o Consumidor.

Esse modelo de Designer vai além da eficiência e satisfação levantados até aqui e passa a pensar na Efetividade. A efetividade é tentar mostrar ao usuário como atingir o objetivo, é mostrar que o produto agrega valor.

Segundo o IEEE Standard Computer Dictionary (1990), a usabilidade está ligada muito a interface do software como pode se perceber:

  • Facilidade com que o usuário pode aprender o produto
  • Facilidade com que o usuário opera o produto
  • Facilidade com que o usuário prepara as entradas para alimentar o sistema
  • Facilidade com que o usuário interpreta as saídas de um sistema.

Usabilidade segundo a ISO

ISO 9126

A usabilidade é um atributo do princípio da qualidade de software segundo a ISO 9126, a primeira ISO a definir o princípio da qualidade de software. E quando se pensa em um atributo da qualidade, deve-se entender que a usabilidade tem que ter requisitos e metas mensuráveis para se avaliar se está enquadrando no que é desejado para que determine que esse atributo está garantindo qualidade.

ISO 9241

Mais a frente, a ISO 9241 expande a ideia definindo como efetividade, eficiência e satisfação sob um tripé com o usuário, o ambiente e a tarefa a ser realizada. É preciso entender o usuário e suas características, o ambiente tecnológico e físico e é necessário entender a tarefa que será realizada para proporcionar efetividade, eficiência e satisfação.

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Usabilidade segundo Brian Shackel

Segundo Brian Shackel, a usabilidade é um dos fatores de aceitação do produto, mas não o único. E para ele, a usabilidade depende de

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A efetividade está relacionada com a performance(velocidade) e a taxa de erros durante a realização da tarefa.

O aprendizado está ligado ao tempo que o usuário vai precisar para atingir um nível de performance considerável e a retenção do que foi aprendido, transferindo o que foi aprendido em uma tela para outra.

A flexibilidade busca entender os tipos de potenciais usuários que seu produto pode ter e se adaptar aos tipos com os quais será desejado trabalhar. Um produto tem bilhões de potenciais usuários e é necessário que seja definido quais perfil seu produto se flexibilizará para atender. A flexibilidade de um produto acontece principalmente quando ele cria diversos caminhos para se realizar a mesma tarefa, porém, um caminho para cada tipo de usuário quando necessário. Flexibilizar para um tipo de usuário poderá acarretar na redução de outros fatores como aprendizado, por exemplo, recursos mais avançados para um usuário experiente vai exigir que ele invista mais tempo no aprendizado daqueles recursos.

A postura é diferente de empatia, pois empatia não pode ser feito nada a partir da usabilidade. Postura tem a ver com a resistência, desconfiança e segurança do usuário frente ao sistema.

Segundo Jacob Nielsen

Para Jacob Nielsen a usabilidade é algo que tem que ser medido. Ela é um atributo que é acompanhada(medida) e definida pelo gerente e desenvolvida pelos designers. Nielsen expande a aceitabilidade definida por Brian Shackel dividindo-a em social e prática:

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Aceitabilidade social é a influência de uma comunidade sobre um produto. Por mais que um aplicativo seja melhor que o outro em usabilidade, todos os amigos de um usuário usam o de pior usabilidade, então, esse usuário fará uso desse pior aplicativo por causa da aceitabilidade social.

É possível medir e otimizar a satisfação do usuário e Nielsen cria o QUIZ para isso.

 

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