Design – Avaliação

A usabilidade não tem sido avaliada porque os profissionais têm pensado que há uma grande diferença entre visual, UX e usabilidade, ao ponto de esquecer da usabilidade. Se é bonito, é visual, se é fácil, é usabilidade, se é motivador e engajador, é UX. Porém, não é possível um ponto ficar sem o outro, pois todos são interdependentes. Se a usabilidade não for bem avaliada e garantida, o usuário não ficará motivado (UX) em usar o sistema.

A usabilidade não é percebida se estiver agradável, porém, se não for é rapidamente percebida, sendo assim,  não causam satisfação, mas evitam o desgosto. É semelhante ao clima que está bom que não causa satisfação, mas evita o desgosto que seria se tivesse um clima ruim. Ela pode causar influências negativas a UX por acabar sendo um atributo do produto que não vai estar harmonizado com o usuário.  Sendo assim, deve ser frequentemente avaliada ao longo do processo.

A engenharia de usabilidade tem nos mostrado que todas as etapas são sucedidas pelas etapa de avaliação a fim de garantir que o trabalho realizado na etapa esteja em conformidade com a qualidade. Esse trabalho acontece focando exatamente no que torna um produto bem sucedido em termos de usabilidade que é o envolvimento do usuário, convidando-o para participar dos testes de avaliação, suporte da gerência executiva e definição clara de requisitos e medição de grau de satisfação desses requisitos.

Quando se avalia a usabilidade tem-se como foco o usuário apesar de se avaliar o produto. Observa-se o usuário ao longo do uso do produto, identificando quais reações às características do produto estão causando no usuário. Resumindo, testa-se o produto com o foco no usuário, tendo como culpado de qualquer problema o próprio produto.

Como disse Nielsen (1993), o produto deve ser avaliado porque o nosso melhor nunca é o suficiente. Mas, ainda que não haja limite no interesse em avaliar e aprimorar, alguns fatores podem forçar corretamente a pausa nas avaliações, como o atraso de cronograma que não pode ocorrer, estouro no orçamento, falta de objetivo claro ou se não for possível prover informações úteis no final.

Tipos de Avaliações

Avaliações Oportunistas (sempre)

Aproveitar oportunidades de encontros entre desenvolvedores, designers e usuários para realizar avaliações do produto.

Avaliações iniciais (Início do projeto)

Uma pesquisa de mercado a fim de identificar informações sobre os usuários (dados demográficos, psicográficos e comportamentais) e suas necessidades e exigências, assim como informações dos concorrentes, funcionalidades implementadas por eles e identificação de diferenciais.

Avaliações Formativas (decorrer do processo)

No decorrer do projeto de desenvolvimento do design, é realizada a identificação de opiniões e melhorias por meio de técnicas de avaliação.

Avaliação Somativas(final do projeto)

São avaliações que acontecem conforme o desenvolvimento vai chegando ao final e que buscam somar valores ao produto através de métricas de tempo, taxas erros e qualquer outro atributo que indique que o produto está atingindo a qualidade ou não.

Empíricas x Analíticas

Metodologias empíricas envolvem testes exploratórios de medicação com usuário, enquanto as metodologias analísticas envolvem apenas especialistas, onde eles irão verificar o sistema.

Etapas Genéricas de Avaliação

  1. Definição das Métricas de Usabilidade
  2. Escolha e Uso de uma Metodologia de Avaliação
  3. Coleta de Dados

Avaliações nas Etapas do Desenvolvimento Segundo J. Rubin (2008)

Etapas de Análise de Necessidades e Coleta de Requisitos

Nesse momento ainda não há protótipos, que irão surgir na segunda etapa, sendo assim, as análises deverão ser exploratórias para conhecer o ambiente, o usuário e suas necessidades, releases anteriores e análise competitiva.

Etapas de prototipagem, design e teste

Os estudos exploratórios continuarão, porém, também ocorrerão avaliações formativas para buscar necessidades de melhorias e também poderão acontecer avaliações somativas.

Etapas de teste final e lançamento do produto

Nessa etapa final são realizadas validações, testes de verificação e demais avaliações somativas.

Mitos

A avaliação da usabilidade não é demorada, isso só acontece quando a empresa atrasa o teste. Os testes devem acontecer durante todo o processo de desenvolvimento, distribuindo os testes, e não realizando todos de uma vez só. Além disso, os testes devem acontecer de acordo com a necessidade de informação e não serem realizados por simplesmente realizar.

Teste não é caro, só quando são grandes e envolvendo um grande número de usuários, mas isso pode ser evitado. Toda vez que algo é mudado, deve ser testado buscando não acumular a quantidade de testes ou acabar gastando com uma mudança que não vai trazer retorno. Nas fases iniciais acontecem os testes pilotos que são pequenos e com poucos usuários no desejo de ajudar a determinar a eficiência do teste, ou seja, apenas testes finais acabam encarecendo, a maioria dos testes são pequenos e baratos. Além disso, testes produzem informações que são reaproveitadas para outros produtos da própria empresa, o que acaba sendo vantajoso economicamente.

Conteúdo não é claro, alguns resultados são difíceis de se avaliar, mas podem ser facilitados se as metas de avaliação estiverem bem definidas. Além disso, os testes específicos devem possuir etapas específicas e buscar defeitos em vez de soluções. Com esses pensamentos somados a ferramentas que auxiliam a análise, o conteúdo resultado das avaliações acaba se tornando claro.

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