Técnica Cardsorting

Arquitetura da Informação

A arquitetura da informação organiza o conteúdo de forma que os usuários descubram o que precisam através de caminhos eficientes. Uma boa arquitetura da informação combina os objetivos do negócio com os objetivos do usuário, balanceia a largura e a profundidade em termos de níveis, permite alta visibilidade, não permitindo que o usuário se perca, permite caminhos redundantes ao conteúdo e possui um modelo mental coerente.

Há dois tipos de abordagens para se arquitetar a informação do sistema: Bottom-Up, onde é focado na informação em si e dela é extraído a classificação, e o Top-Down onde o foco é o comportamento do usuário e suas necessidades.

O Cardsorting

A aplicação desse um teste pode ser individual ou em grupos, sendo repetido diversas vezes com usuários diferentes. Durante a aplicação são apresentadas ao usuário algumas cartas físicas ou em ambiente online que contenham rótulos claros. O usuário então irá realizar agrupamento das cartas segundo seu entendimento de relacionamento entre elas.

Após a realização de várias seções, serão identificadas semelhanças e diferenças entre as organizações, o que uma análise poderá utilizar para extrair particularidade dos perfis de usuários, conteúdo que os usuários não compreenderam ou mesmo conteúdos que podem pertencer a mais de uma área.

É uma técnica de coleta de dados ou de avaliação que auxilia a criar a arquitetura da informação. Essa técnica ajuda a estruturar a informação, provê sugestões de navegação, apoia a elaboração de menus e orienta a construção de taxonomias. Pode ser que no final do uso da técnica não seja definido uma estrutura, mas dúvidas a respeito de como montá-la são retiradas, tendências são identificadas, itens mais importantes são definidos, profundidade e largura da estrutura serão definidas e os tipos de perfis podem começar a ser detalhados.

É uma técnica simples, barata, rápida de ser aplicada e envolve o usuário no seu processo. Mas, apesar dessas vantagens, há também desvantagens, como ser uma abordagem Bottom-Up, não lidar bem com alta complexidade de conteúdo, não garante a implementabilidade, análise demorada apesar de uma rápida aplicação e outros.

Tipos de Cardsorting

O cardsorting pode ser aberto ou fechado. O cardsorting aberto o participante recebe um conjunto de cartas com o conteúdo do sistema, sem agrupamento prévio, para que ele organize da sua maneira, dividindo a pilha em subpilhas e rotulando cada uma delas. O cardsorting fechado tem a única diferença dos cartões serem entregues aos usuários já com um agrupamento prévio.

Aplicação

Início

Determinar como o usuário utiliza a informação e identificar a frequência de uso da informação.

Selecionar conteúdo

Selecionar conteúdo vindo de manuais e documentos existentes, vindo de descrição de grupos e processos ou mesmo um conteúdo potencial futuro. Esse conteúdo pode ser revisado entre as sessões.

Selecionar os participantes

Individual ou em grupo, de acordo com a quantidade de cards, pois os grupos conseguem lidar com um maior número. Além disso, grupos também conseguem chegar a consensos em conversas de voz alta, deixando claro o processo cognitivo para se entender.

Preparar as cartas

Adicionar rótulos curtos e fáceis de ler, garantindo clareza e entendimento do detalhes. Os cards devem ser feitos com papel rígido por ser mais durável e fácil de manusear. O número de cards deve estar entre 30 e 100.

Execução

Se o cardsorting for aberto, deve-se dividir a pilha em subpilhas e nomear cada uma das pilhas resultantes. Senão, caso seja fechado, deve-se alocar os cartões em categorias para predefiní-los.

O aplicador irá orientar os usuários e evitar dispersões através do encorajamento. O aplicador poderá eliminar cartas que estejam causando confusões e deverá anotar ou gravar as considerações dos usuários.

Final

Captura de feedbacks, comentários e informações sobre o perfil do usuário.

 

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