D – Determinar as metas do teste
Definir o que vai ser validado e quais métrica serão usadas. Cada teste deve possuir um objetivo claro, especificado na forma de perguntas a serem respondidas.
E – Explorar as questões a serem respondidas
Após a identificação do objetivo, a equipe deve consolidar as questões específicas de investigação que serão respondidas e avaliadas. Então, nesse ponto é definido o escopo ou quais partes do sistema serão testadas. Essas questões irão orientar sobre o paradigma de avaliação mais adequado, o tipo de dado que será coletado e influenciarão os cenários de teste.
C – Escolher o paradigma de teste
Definir o tipo e técnica de avaliação que será usada para responder cada questão. Além disso, definir quais perfis e qual o número de participantes estarão sendo abrangidos por esse teste. Como exemplos de paradigmas, podemos citar que os testes poderão ser remotos ou locais, associados com questionários e entrevistas antes e após os testes.
O paradigma e a técnica de testes irá determinar o tipo de dados que será coletado, bem como o tipo de análise que será realizada. Por exemplo, através de um questionário ou QUIS (Questionnaire for User Interface Satisfaction) será possível coletar informações subjetivas e quantitativas a respeito da satisfação do usuário.
I – Identificar questões práticas
Dentre as questões práticas que podemos citar é a necessidade de alocar pessoal através de recrutamento, equipamentos e qualquer outro elemento necessário para os testes. Além disso, é necessário preparar o material de apoio para que todos esses elementos funcionem corretamente.
Como material de apoio podemos citar questionários para testes pilotos e também pós-testes e instruções ou cenários que orientem os participantes sobre a tarefas que ocorrerão. Para que o recrutamento de usuário ocorra, previamente os usuários devem assinar um termo de consentimento livre e esclarecido e deve ocorrer a definição dos os grupos de usuários (~5 segundo Nielsen) e suas características, ou seja, perfis e personas.
D – Decidir como lidar com questões éticas
A ética em testes envolvem basicamente privacidade e direito de propriedade. É necessário deixar claro ao usuário o que será divulgado ou não, buscar seu consentimento em termos de aceite e garantir os direitos humanos. Deve se deixar claro ao usuário que todo o resultado dos testes é propriedade da empresa, mas que sua privacidade está garantida. Deve se deixar claro também qual será o retorno dado ao usuário no final de tudo, como uma cópia do protótipo. Afinal de todo o esclarecimento , o termo de consentimento livre e esclarecido já deve estar assinado.
E – Avaliar, analisar a apresentar dados
Através de interpretação, a análise do que foi coletado deve por fim ganhar significado. O método de avaliação escolhido influencia no foco que a avaliação deve tomar, nas interpretações mais frequentes e isso deve ser levado em conta nessa fase para que a análise seja feita corretamente.
Além de uma análise individual, é feito também a análise intrasujeito ou interparticipante onde todos os resultados são agrupados e analisados na busca de recorrências. Outro detalhe importante para que a análise ocorra corretamente é o cuidado com as generalizações em análises intrasujeito, pois podem ser influenciadas por fatores como interesse, ambiente, preferências e etc.
É necessário tomar muito cuidado com a generalização dos resultados, pois sempre podem ser influenciados pelo ambiente de avaliação e pelas características, preferências, interesses e necessidades dos participantes individuais.
Para finalizar a avaliação e interpretação dos dados, um relatório dos resultados deve ser realizado, incluindo um sumário dos dados coletados, tabelas e gráficos, além de um relato da interpretação e análise dos dados, uma lista dos problemas encontrados e um planejamento para o reprojeto do sistema.
Tássio Auad 